TCC - Princípios Terapêuticos

TCC - Princípios Terapêuticos


TCC - Princípios Terapêuticos

Princípios Terapêuticos da Terapia Cognitivo-Comportamental na Dependência Química

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) constitui uma abordagem essencial no tratamento da dependência química. Essa modalidade terapêutica aborda a relação intrincada entre a cognição, o comportamento e o ambiente, oferecendo ferramentas práticas para lidar com a complexa natureza da dependência.

O Poder das Crenças Fundamentais

Um foco primordial da TCC é examinar e reestruturar “crenças” que são os valores centrais formadores do caráter individual. Muitas vezes, essas crenças, adquiridas ao longo da vida, não são adequadas para enfrentar os desafios impostos pela dependência química. Por exemplo, uma pessoa que se considera forte e determinada pode lutar com o conceito de falta de controle sobre o uso de substâncias. A dependência química é, em sua essência, uma incapacidade fisiológica de usar substâncias de maneira controlada. Portanto, uma “crença retificadora” precisa ser desenvolvida, admitindo que a força de vontade sozinha não é suficiente para garantir o controle sobre o uso de substâncias.

A Tríade Cognitiva

Nas sessões de TCC, o terapeuta e o paciente exploram a Tríade Cognitiva: Situação, Sentimento e Comportamento. Estes são mediados pelas crenças individuais. Esta estrutura permite uma melhor compreensão de como os eventos externos afetam as emoções e comportamentos, e vice-versa. Além disso, ela facilita a identificação de crenças disfuncionais que precisam ser reestruturadas para alcançar uma resposta mais saudável às situações.

Reconhecimento de Gatilhos e Prevenção de Recaídas

As sessões terapêuticas frequentemente se concentram no reconhecimento de gatilhos pessoais e na identificação de situações de alto risco que poderiam levar a uma recaída. Estratégias proativas são formuladas para manejar esses desafios. O objetivo é desafiar os padrões de pensamento automáticos que normalmente levam ao uso de substâncias e substituí-los por comportamentos mais adaptativos.

Referência Bibliográfica:

Beck, J. S. (2011). Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. Artmed.